quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Influências familiares nos hábitos de consumo de tabaco dos adolescentes

Mãe fumadora com filha menor



O tabagismo é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a principal causa de morte evitável em todo o mundo.
Estima-se  que um terço da população mundial adulta, isto é, 1 bilhão e 200 milhões de pessoas sejam fumadoras e que destas 4,9 milhões morram anualmente, o que corresponde a mais de 10 mil mortes por dia que poderiam ser evitadas.
A partir da década de 90 acentua-se o aumento do consumo de tabaco entre os jovens adolescentes com idades compreendidas entre os 12 e os 14 anos, mas pouco tem sido discutido acerca das causas ou factores que podem determinar esta decisão de experimentar esta droga em forma de cigarro por parte dos jovens.
Talvez pelo facto da instituição familia ter sido considerada durante muitos séculos como algo intocável e inalterável não tenha sido alvo de pesquisa acerca das suas influências nos hábitos tabágicos dos adolescentes.
Estudos recentes têm vindo comprovar o peso que a familia tem na relação dos hábitos de fumar dos jovens adolescentes, destes estudos pode inferir-se que a percentagem de adolescentes que fumam é bastante maior nos adolescentes que pelo menos um dos pais é fumador e mantém estes hábitos em casa, em oposição verifica-se uma menor percentagem de jovens fumadores que nenhum dos pais tem hábitos tabágicos.
Logo destes dados conclui-se que o cosumo de tabaco pelos pais no domicilio é um factor social de risco relacionado com o consumo de tabaco pelos filhos.
Deverão os pais ser responsabilizados pela nefasta influência que exercem sobre os seus filhos neste dominio? Deverão ser os pais rigorosamente sensibilizados para este facto que está comprovado através de diversos estudos?
Estas são algumas questões que devem fazer parte da reflexão da sociedade em geral, em particular dos pais fumadores que desejam socializar os seus filhos sem os hábitos tabagicos que trazem consigo.

O papel da escola e da família no processo de socialização


Criança a estudar

A socialização é um processo que implica interacção social, entre o individuo que está a ser socializado e a sociedade que o envolve. Este processo tem inicio na primeira infância e prolonga-se ao longo da vida, denominando-se de socialização primária a que ocorre na primeira infância e socialização secundária a que ocorre a partir da fase da adolescência.

É através da socialização que o individuo se torna um ser social, pensante, actuante, pois assimila a cultura, as normas, os comportamentos e as condutas do grupo social em que está inserido, é através deste mecanismo de construção e interiorização que a criança adquire comportamentos considerados adequados e correctos à sociedade e ao que dela é esperado, é também através do controlo social que são impostas regras de conduta que devem reger os comporatmentos dos individuos de forma a harmonizar os padrões de convivência social.

As crianças nas suas relações sociais com os demais descobrem que se torna necessária a reciprocidade para agir conforme as regras, tendo em conta que as regras são efectivas se as pessoas concordarem em aceitá-las.


A familia, a escola, os meios de comunicação social e outras instituições sociais que compõem a sociedade são os respónsáveis, ou seja são os agentes de socialização.

A famila e a escola são os grupos que têm maiores repercurssões neste processo de socialização, a escola não só detém o papel de transmissão de conhecimentos cientificos, denominada de socialização formal, como também cabe a esta o desnvolvimento de capacidades cognitivas, afectivas, capacidade de ralacionamento em sociedade, competências comunicativaas e participação na formação da identidade individual de cada aluno, denominada de socialização informal.

A familia é a base afectiva do individuo, é a esta que se delega a responsabilidade de satisfazer as necessidades básicas da criança logo à nascença, para além disto a transmissão de cultura que envolve todas as práticas e saberes acumulados de geração em geração dá-se também no seio desta instituição.

A partir destas reflexões compreende-se a importância que a familia e a escola têm como pilares para a formação da indentidade e personalidade do individuo bem como transmissores dos  principios éticos e morais que permeeiam a sociedade. 

O processo de construção da identidade social





A identidade social é caracterizada essencialmente pela forma como nós próprios nos vemos, ou seja é um sentido do “eu”, conjugada com a forma como os outros nos vêem.
Quando nos auto-caracterizamos estamos ancorados num determinado modelo com o qual nos identificamos, quer isto dizer que a identidade social requer um certo grau de escolha, ao mesmo tempo que exige um nível de consciencialização.
Estudos da década de 60 e 70 revelavam que a identidade estaria ligada a estruturas tradicionais de classe, não era algo de individual mas sim colectivo, intimamente ligada ao facto de um individuo pertencer a uma determinada classe social e em que todos os individuos pertencentes a essa classe teriam a mesma identidade, esta era imutável, circunscrita e permanecia no tempo com alguma solidez, tornando o assim o individuo dependente da estrutura social e não das sua próprias escolhas.
Para refutar estes paradigmas surgem os estudos sociológicos pós-modernistas e pós-estrutualistas que defendem uma identidade individual assente numa dinâmica social influênciada pelas relações socias entre os individuos que compõem essa mesma sociedade. A identidade social é vista agora como algo que se constrói individualmente, algo que é dinâmico e pouco estável.
Segundo estes estudos contemporâneos o individuo possui várias fontes identitárias, identidade de género, nacional, etária, etnica, profissional e entre outras.

A influência que a classe social, a religião ou a política tinha sobre o individuo deixa assim de fazer sentido, passando este a definir a sua própria identidade, de acordo com as suas escolhas e as suas experiências individuais, independentemente da estrutura social em que está inserido.
São as relações face-a-face que determinam o processo identitário, a socialização primária e secundária tornam-se assim bastante importantes, pois os individuos necessitam uns dos outros para formarem a sua própia identidade. De acordo com Richard Jenkins (1996) as identidades não são inatas, não nascem connosco, precisam de ser construidas e esta construção passa pela interacção com o outro, pois só a innteracção social permite viver em sociedade.
Vivemos hoje numa sociedade altamente globalizada em que tudo é muito dinâmico, instável e flexível, quer a nível profissional, económico ou politico, como tal as identidades tornam-se também instáveis e susceptiveis às escolhas que cada individuo efectua. Ao mesmo tempo que surgem as mudanças sociais, a alteração de valores e padrões que regem uma sociedade, assim também os individuos têm poder para moldar a sua própria identidade.


quinta-feira, 12 de agosto de 2010

TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL Eleições 2010 Divulgação de Registro de Candidaturas





                                                     Situação do Registro
                                                                             [Sobre a Situação do Registro]
                                            APTO
                                              (Deferido)

Nome para urna eletrônica:OZIEL OLIVEIRANúmero:1213
Nome completo:OZIEL ALVES DE OLIVEIRASexo:Masculino
Data de nascimento:21/03/1965Estado civil:Casado(a)

Nacionalidade:
Brasileira nataNaturalidade:ITAGUAJE / PR
Grau de instrução:Superior completoOcupação:Outros
Endereço do site do candidato:

Partido:Partido Democrático Trabalhista - PDT - (12)
Coligação:PRA BAHIA SEGUIR MUDANDO
Composição da coligação:PRB / PP / PDT / PT / PHS / PSB / PC do B
Cargo a que concorre:Deputado Federal - (BA)
No. processo/protocolo:2727-36.2010.6.05.0000 / 206652010
CNPJ de campanha:12.206.455/0001-47
Limite de gastos de campanha:  Sobre limite de gastos de campanha1.500.000,00





quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Convite do comitê de Oziel em Luis Eduardo Magalhães

Sefaz parcela ICMS da Campanha "Liquida Barreiras"

Sefaz parcela ICMS da Campanha "Liquida Barreiras"


Os lojistas da cidade de Barreiras poderão dividir o recolhimento do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) relativo às vendas de mercadorias realizadas no mês de agosto em até quatro parcelas. A iniciativa do Governo do Estado, através da Secretaria da Fazenda, tem como objetivo estimular a participação dos contribuintes na Campanha Liquida Barreiras, realizada pela Câmara dos Dirigentes Lojistas de Barreiras, que teve início no último dia 28 de julho e se estende até 07 de agosto. Para participar da campanha, o comerciante varejista precisa emitir o documento fiscal, estar localizado no município de Barreiras e possuir inscrição no Cadastro de Contribuintes do ICMS do Estado da Bahia (CAD-ICMS). Não poderão aderir aos prazos especiais os contribuintes optantes pelo Simples Nacional ou das seguintes classificações: de comércio a varejo de automóveis, camionetas e utilitários novos; representantes comerciais e agentes do comércio de veículos automotores; comércio sob consignação de veículos automotores; comércio a varejo de motocicletas e motonetas novas; comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios – hipermercados e comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios – supermercados. O contribuinte que recolhe seu imposto mediante substituição tributária, que encerrou a fase de tributação no mês de julho, também poderá parcelar o valor relativo ao ICMS em quatro vezes, com vencimento em 25/08/10, 27/09/10, 25/10/10 e 25/11/10.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

César comemora sanção da Política de Resíduos Sólidos




O senador César Borges (PR-BA) saudou ontem (2), em discurso, a sanção da Lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos realizada nesta tarde pelo presidente Lula, em solenidade no Palácio do Planalto, da qual o senador baiano participou. Borges foi relator da matéria em três comissões do Senado e teve papel fundamental para sua aprovação após duas décadas tramitando no Congresso. “Esta lei não é uma panaceia, mas oferece uma direção que o país pode seguir para proteger seus recursos naturais e sua população dos lixões”, disse César Borges. Por isso, ele apelou para que a sociedade apoie a lei e fiscalize o setor público, e também faça sua parte para implantar a proposta, aderindo, por exemplo, à coleta seletiva e emitindo menos resíduos sólidos. César Borges destacou a rapidez do Senado de aprovar a lei em três meses, após receber a proposta em março deste ano da Câmara dos Deputados, após uma tramitação de 20 anos. “Cumprimos nosso papel. Muitos foram céticos e achavam que não seria possível conseguir essa aprovação, sobretudo porque era um ano de Copa do Mundo e de eleição”, disse o senador

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Sancionada lei que cria Política Nacional dos Resíduos Sólidos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta segunda-feira (2), a Política Nacional dos Resíduos Sólidos, que tem o objetivo de incentivar a reciclagem de lixo e o correto manejo de produtos usados com alto potencial de contaminação. Entre as novidades na nova lei está a criação da “logística reversa”, que obriga os fabricantes, distribuidores e vendedores a recolher embalagens usadas. A medida vale para materiais agrotóxicos, pilhas, baterias, pneus, óleos lubrificantes, lâmpadas e eletroeletrônicos. A legislação também determina que as pessoas façam a separação doméstico nas cidades onde há coleta seletiva. Catadores e a indústria de reciclagem receberão incentivos da União. Além disso, os municípios só receberão recursos do governo federal para projetos de limpeza pública e manejo de resíduos depois de aprovarem planos de gestão. O objetivo das novas regras é estabelecer a responsabilidade compartilhada entre a sociedade, empresas, governos estaduais, a união e prefeituras no manejo correto do lixo. (Informações do G1).


Começam amanhã inscrições ao vestibular da UFBA

Começa amanhã, terça-feira (3), o período de inscrições para o vestibular 2011 da Universidade Federal da Bahia (Ufba), que engloba todos os candidatos nos cursos tradicionais (curosos de progressão linear - CPL), bacharelados interdisciplinares (BI) e curosos superiores de tecnologia (CST). Os candidatos isentos de taxa também devem se inscrever nesse período, que segue até dia 22 de agosto. Para os pagantes, a taxa de inscrição custa R$ 100 nos cursos tradicionais. Os candidatos aos BIs e CSTs são isentos, mas só podem se inscrever aqueles que estiverem regularmente inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2010. As provas, que são aplicadas apenas para os cursos tradicionais, acontecem nos dias 14 e 15 de novembro, na primeira fase. A segunda fase acontece em dezembro, nos dias 12 e 13. Mais informações no site da instituição.

Bullyng Escolar: O Outro Lado da Escola

É comum encontrar entre os adultos uma quantidade considerável que tráz consigo as marcas dos traumas que adquiriram nos bancos escolares. São seqüelas que se evidenciam pelos prejuízos em aspectos essenciais à realização na vida, como dificuldades de lidar com perdas, relações afetivas, familiares e sociais, ou no desempenho profissional. Essas pessoas foram submetidas às diversas formas de maus-tratos psicológicos, verbais, físicos, morais, sexuais e materiais, através de zoações, apelidos pejorativos, difamações, ameaças, perseguições, exclusões. Brincadeiras próprias da idade? Não. Esses atos agressivos, intencionais e repetitivos, que ocorrem sem motivação evidente, em desigualdade de poder, caracterizam o bullying escolar. 
O bullying tem sido ao longo do tempo, motivo de traumas e sofrimentos para muitos, sendo ignorado pela maioria das pessoas, por acreditar tratar-se de "brincadeiras próprias da idade" ou ser necessário ao amadurecimento do indivíduo, sem, contudo, considerar os danos causados aos envolvidos. 
Os estudos sobre o bullying escolar tiveram início na Suécia, na década de 70 e na Noruega, na década de 80. Aos poucos, vem se intensificando nas escolas dos mais diversos países, sendo possível quantificá-lo em índices que variam de 5% a 35% de envolvimento. No Brasil, os estudos são recentes, motivo pelo qual a maioria dos brasileiros desconhece o tema, sua gravidade e abrangência. Pesquisas realizadas na região de São José do Rio Preto, interior paulista, (FANTE, 2000/03) e no município do Rio de Janeiro, (ABRAPIA, 2002), com o intuito de reconhecer a incidência bullying, revelaram que, em média, 45% dos estudantes de escolas públicas e privadas, estão envolvidos no fenômeno. Estudos desenvolvidos pelo Instituto SM para a Educação, em cinco países (Espanha, Argentina, México, Chile, Brasil), evidenciaram que o Brasil se tornou campeão em bullying.
Sem termo equivalente na língua portuguesa, que expresse sua abrangência e formas de ataques, o tema desperta crescente interesse e preocupação entre os pais e profissionais das áreas de educação, saúde e segurança pública, devido aos prejuízos emocionais causados e por seu poder propagador capaz de envolver crianças nos primeiros anos de escolaridade.
O comportamento bullying pode ser identificado em qualquer faixa etária e nível de escolaridade. Entre três e quatro anos, podemos perceber tanto o comportamento abusivo, manipulador, dominador, quanto o passivo, submisso e indefeso. Porém, a maior incidência está entre os alunos de 3ª a 8ª séries, período em que, progressivamente, os papéis dos protagonistas se definem com maior clareza.
Estudos demonstraram que a média de idade de maior incidência entre os agressores, situa-se na casa dos 13 a 14 anos, enquanto que as vítimas possuem em média, 11 anos. Fato que vem a comprovar que os papéis dos protagonistas e as formas de maus-tratos empregadas se intensificam, conforme aumenta o grau de escolaridade.
Entre os adolescentes, uma prática que se torna comum, a cada dia, são os ataques virtuais, denominado de cyberbullying. É caracterizado pelo uso de ferramentas das modernas tecnologias de comunicação e de informação, principalmente através de celulares e da internet. Fofocas, difamações, fotografias montadas e divulgadas em sites e no orkut, seguidas de comentários racistas e sexistas, e-mails ameaçadores, uma verdadeira rede de intrigas, que envolve alunos e professores. 
Geralmente, os ataques são produzidos por um grupo de agressores, reduzindo as possibilidades de defesa das vítimas. As estratégias de ataques, normalmente, são ardilosas e sutis, expondo as vítimas ao medo, à humilhação e ao constrangimento público. Os agressores se valem de sua força física ou psicológica, além da sua popularidade para dominar, subjugar e colocar sob pressão, o "bode expiatório". Entretanto, torna-se evidente entre eles a insegurança, a necessidade de chamar a atenção para si, de pertencer a um grupo, de dominar, associado à inabilidade de expressar seus sentimentos e emoções. Por isso, a escolha das vítimas, privilegia aquelas que não dispõe de habilidades de defesa. 
Com o tempo, as vítimas se sentem solitárias, incompreendidas e excluídas de um contexto que prima pela inclusão de todos. As conseqüências do bullying incidem no processo de socialização e de aprendizagem, bem como na saúde física e emocional, especialmente das vítimas, que se isolam dos demais, carregando consigo uma série de sentimentos negativos que comprometem a estruturação da personalidade e da auto-estima, além da incerteza de estarem em um ambiente educativo seguro, onde possam se desenvolver plenamente. Em casos extremos, algumas vítimas executam seus planos de vingança, seguidos de suicídio. 
Nos Estados Unidos, pelo menos 37 tiroteios ocorridos em escolas foram atribuídos ao bullying. O massacre de Columbine é um exemplo de como a vítima pode se transformar em agressor. Na pacata cidade de Taiuva (SP), após anos de ridicularizações, um jovem entra armado na escola, atira contra 50 estudantes e dá cabo à existência. Em Remanso (BA), um adolescente mata seu agressor principal, um garoto de 13 anos e a secretária do curso de informática.. Em Petrolina (PE), uma adolescente e seu colega asfixiam uma garota de 13 anos, por ser alvo de apelidos pejorativos.
O bullying é um fenômeno psicossocial expansivo, por isso considerado epidêmico, comprometedor do pleno desenvolvimento do indivíduo, por suas conseqüências psicológicas, emocionais, sociais e cognitivas, que se estendem para além do período acadêmico. 
Dentre as causas desse tipo de comportamento podemos citar os modelos educativos introjetados na primeira infância. O tipo de experiência vivenciada pela criança no ambiente familiar, poderá predispô-la a tornar-se uma protagonista do fenômeno. Para o seu pleno desenvolvimento a criança necessita sentir-se amada, valorizada, aceita, incentivada à auto-expressão e ao diálogo, principalmente na adolescência, porém a noção de limites precisa ser estabelecida com firmeza e com coerência. 
No entanto, quando no ambiente familiar há o predomínio de superproteção, modelo que inibe o desenvolvimento da capacidade de autonomia, de tomada de decisões, de exploração do ambiente e de defesa; ou o perfeccionismo, com alto nível de exigências e cobranças, mais do que elogios; ou a ambivalência, onde constantemente ocorre oscilação do humor, gerando muita insegurança pessoal; ou autoritarismo, com práticas educativas que se valem de agressões verbais, morais, psicológicas ou físicas; esses ingredientes psíquicos isolados ou somados, favorecem o envolvimento da criança em comportamentos bullying logo no início de sua experiência de socialização educacional.
São cinco os papéis que caracterizam este fenômeno: vítimas típicas, vítimas provocadoras, vítimas agressoras, agressores e espectadores. Algumas constatações entre os envolvidos: é comum que quem sofreu alguma das formas de ataque reproduza os maus-tratos sofridos; os tipos de conseqüências são abrangentes, de acordo com as características de cada indivíduo e das características psicodinâmicas de sua família; as vítimas encontram dificuldade de buscar ajuda e quando buscam sentem dificuldade de serem compreendidas, além do temor em relação à resposta dos pais, ou de que a sua denúncia agrave ainda mais o seu problema.
Dessa forma, estamos diante de um grande desafio. As dimensões identificadas do problema, nos remetem a olharmos para a lacuna que se evidencia na convivência familiar e escolar, pois é notório entre os alunos a carência afetiva e a ausência de modelos humanistas que lhes sirvam de referencial. Por isso, é necessário que as instituições de ensino invistam em conscientizar seus profissionais, pais e alunos sobre a relevância desse tema e desenvolvam estratégias preventivas, em parcerias com os diversos segmentos sociais, visando educar para a paz. E que a prática da solidariedade, cooperação, tolerância, empatia, respeito às diferenças e compaixão caracterizem a atitude de amor das instituições de ensino e da família, em busca da construção da paz.

domingo, 1 de agosto de 2010